By Graça Marinho

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sexta-feira, 29 de julho de 2011

SESC Pompeia apresenta Socorro Lira e Cátia de França abrindo o Projeto "Das Bandas de Lá" – Paraíba

O projeto “Das Bandas de Lá” pretende estreitar distâncias, priorizando estilos musicais ousados e de diferentes estados do país. A edição “Paraíba”, tendo o músico Chico Cesar como mestre de cerimônia, apresenta alguns dos nomes da atual cena musical do Estado, passando por diferentes sonoridades e estilos.

E abrindo esta edição do projeto, no dia 11 de agosto, em uma noite dedicada às vozes femininas da música paraibana, duas gerações se encontram: a jovem compositora Socorro Lira e a veterana Cátia de França. Cada uma fará uma apresentação de 50 minutos e depois as duas cantam juntas, novamente, depois de 10 anos. Cátia se acompanha ao violão. E Socorro, além de tocar violão e percussão, conta com Cássia Maria (percussão), Clara Bastos (Baixo acústico) e Olívio Filho (sanfona).

Socorro Lira - Foto: Val Portásio
Socorro Lira é de Brejo da Cruz, sertão da Paraíba, a poetisa, compositora e intérprete. Embora radicada em São Paulo, mantém suas raízes e é autora do projeto Memória Musical da Paraíba que já rendeu os CDs “Lua Bonita” (2010), “Desencosta da Parede” (2008), “Pedra de Amolar” (2004) e “Ciranda, Coco-de-Roda e Outros Cantos” (2003). Em sua discografia, apresenta os CDs autorais “Cores do Atlântico” (Pai-Musica/Espanha 2010), “No terreiro da casa de Mãe Joana” (2008), “As Liras pedem Socorro”(2007), “Intersecção – a linha e o ponto”(2006), “Cantigas de Bem Querer” (2003) e “Cantigas” (2001). No repertório, composições próprias como Corcunda, Martelo de duas pancadas e Etérea.

Cátia de França
Cátia de França é de João Pessoa. Participou de festivais de música popular na década de 60, época em que viajou à Europa com um grupo folclórico. De volta ao Brasil, foi para o Rio de Janeiro, onde travou contato com outros músicos nordestinos, como Zé Ramalho, Elba Ramalho, Vital Farias, Amelinha e Sivuca. O primeiro LP solo, "20 Palavras ao Redor do Sol", foi lançado em 1979, com músicas compostas sobre poemas de João Cabral de Melo Neto. Em 1997, lançou o primeiro CD, "Avatar", com composições baseadas nos poemas de Manoel de Barros e na literatura de José Lins do Rego. Compositora de canções como Kukukaia, Dança das lanças e Ponta do Seixas, Cátia já foi gravada por artistas como Elba Ramalho, Amelinha, Geraldo Azevedo e Xangai.


Serviço:

"Das Bandas de Lá" – Paraíba, com Socorro Lira e Cátia de França
Sesc Pompeia – Choperia
Rua Clélia, 93 Pompeia - SP
Tel.: 0/xx/11/ 3871-7700
Capacidade: 800 pessoas 
Dia: Quinta-feira, 11 de Agosto
Horário: 21h30
Duração: 110 min (aproximadamente)
Classificação: Não recomendado para menores de 18 anos
Ingressos: R$ 16,00 [inteira]
R$ 8,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante]
R$ 4,00 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]
Ar Condicionado
Acesso para deficientes físicos

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Fulana apresenta dia 4 de agosto o espetáculo Chérie Chérie em curta temporada

Chérie Chérie - foto André Requião
Com a proposta de seguir estimulando e mesclando a boa gastronomia e o intercâmbio cultural, o Fulana, apresenta o espetáculo Chérie Chérie, que traz a cena, números que fazem lembrar os antigos Teatros de Variedades, em clima burlesco.

Recebida pela figura caricata do Mestre de Cerimônia, a plateia se deleita e se diverte com números de jazz, sapateado, canto, percussão corporal, mágica e números cômicos.

Embalado por canções de cabaret, a exibição Chérie Chérie sai do formato tradicional que restringe as performances ao palco e se utiliza dos diferentes ambientes do restaurante bem como de seus objetos, o que o torna uma experiência única e envolvente para o espectador, fazendo com que ele se sinta parte do show.

A noite da apresentação de Chérie Chérie será acompanhada por três tipos de risotos; camarão com lula, funghi, ou linguiça toscana, são as opções criadas pelo Chef espanhol Arturo Frank para completar o clima de um jantar característico dos bistrôs, o que certamente será uma experiência única que irá estimular todos os sentidos do espectador!

O espetáculo é dividido em três inserções de quinze minutos cada uma, com intervalos de quinze minutos entre elas, CHÉRIE CHÉRIE conta com quatro atores no elenco que se revezam em números solos, duetos ou em grupo. As figuras caminham entre o humano e o fantástico, seduzem e divertem a platéia mesclando momentos de encantamento, surpresas e boas risadas.

Ficha técnica:
Elenco: Anderson Negreiro, Júlia Mariano, Thiane Lavrador e Vitor Cardoso
Direção: Anderson Negreiro
Coreografias: Thiane Lavrador
Produção: Júlia Mariano e Vitor Cardoso
Edição de som: Vitor Cardoso
Luz: Luciano Elvio
Figurinos: Entonces Corazón
Maquiagem: Entonces Corazón

SERVIÇO

"Chérie Chérie"
Fulana Restaurante

Av.Luís Dumont Villares, 651 Jardim São Paulo
Tel.: (11) 2283-6575

Quando: nas quintas-feiras 04, 18 e 25 de agosto e 1 de setembro
Horário: Jantar a partir das 20h / Show a partir das 21h
Lotação: 200 lugares
Estacionamento: Valet (R$ 10,00)
Duração: três inserções de 15 minutos cada uma, com intervalos de 15 minutos entre elas. Totalizando 1h30 (aproximadamente)
Show com jantar: R$ 60,00 por pessoa (não inclusos a bebida e serviço)
Convites antecipados: R$ 50,00 por pessoa (não inclusos a bebida e serviço) pelo telefone (11) 2283-6575
Cartões de débito: RedeShop, Visanet, Maestro
Cartões de crédito: MasterCard, Visa, Amex, Diners
Classificação: Livre para todos os públicos
Sala de recreação infantil monitorada
Acesso para deficientes físicos
Ar Condicionado
Conexão Wi-Fi e Telão

Em dia de coadjuvante, Vettel fica para trás, e Hamilton vence na Alemanha

Inglês assume ponta na largada e conquista segunda vitória no ano. Alonso e Webber completam o pódio, enquanto líder fica em quarto, à frente de Massa



Sebastian Vettel disse durante a semana que correr em casa era um incentivo a mais. Afirmou que, na busca pela primeira vitória em seu país, não havia pressão. O líder do campeonato, no entanto, foi apenas um coadjuvante no emocionante GP da Alemanha deste domingo. Fora da briga pela vitória durante toda a corrida, o alemão viu Lewis Hamilton tomar o papel de protagonista e dominar o circuito de Nürburgring praticamente do início ao fim. Em dia brilhante, o piloto da McLaren levou a melhor na disputa com Fernando Alonso, da Ferrari, e Mark Webber, da RBR, e conquistou sua segunda vitória na temporada, dando uma nova feição ao Mundial de Pilotos.

Alonso, que chegou a liderar em alguns momentos da corrida, levou a Ferrari mais uma vez ao pódio, em segundo lugar. Com pouco combustível para ir aos boxes no fim da corrida e com medo de ser punido por não ter o suficiente para a inspeção, o espanhol acenou e pegou carona com Webber, que perdeu a ponta logo na largada, teve de se contentar com a terceira posição, e, embora tenha se mantido perto dos dois primeiros, pouco ameaçou. Por conta do passeio pelo circuito, os dois devem receber uma advertência.

Hamilton no GP da Alemanha (Foto: AFP)
Hamilton assumiu a ponta na largada e dominou o GP da Alemanha

O melhor duelo, no entanto, foi pelo quarto lugar. Apesar da pressão de Vettel, Felipe Massa se defendia como dava e segurava os 12 pontos para a classificação. Na última volta, porém, em sua terceira ida aos boxes, a Ferrari demorou, e o alemão tomou a posição, cruzando a linha de chegada em quarto, fora do pódio pela primeira vez desde o GP da Coreia, no ano passado. Já o brasileiro terminou em quinto, à frente de Adrian Sutil, da Force India, e da dupla da Mercedes, Nico Rosberg e Michael Schumacher.
- Foi uma corrida muito difícil. O mais difícil foi a largada. Eu larguei muito bem, mas acabei tomando uma espremida na primeira curva. Depois, lógico, a corrida foi muito boa. Pena pelo que aconteceu no final - disse Massa após o GP.

Das principais equipes, Jenson Button foi quem levou a pior. O piloto da McLaren precisou abandonar a prova na 36ª volta, por problemas hidráulicos. Rubens Barrichello, da Williams, também não completou a corrida, devido a um vazamento de óleo de seu motor.

- Eu queria continuar, mas os engenheiros disseram que o motor ia quebrar. Eu ainda me mantive na pista mesmo com eles mandando eu sair, mas não deu. Não tinha o que fazer, tive que parar - disse o brasileiro.

Com o resultado, Sebastian Vettel se mantém na liderança do campeonato, com 216 pontos. Seu companheiro de equipe, Mark Webber, vem em segundo, com 139. O australiano, no entanto, é seguido de perto por Hamilton, com 134, e Alonso, com 130. Jenson Button aparece em quinto, com 109, enquanto Felipe Massa é o sexto, com 62.

Os pilotos não vão ter descanso. No próximo domingo, voltam às pistas para o GP da Hungria, em Budapeste.

Na largada, Hamilton assume a ponta

Com a chuva que caiu pela manhã em Nürburgring, a apenas alguns segundos da largada, poucas equipes haviam decidido quais pneus usar na saída. Com a pista seca, no entanto, a maioria escolheu pneus macios para a corrida.

A largada foi movimentada. Surpresa do treino classificatório de sábado, Lewis Hamilton aproveitou a saída ruim de Mark Webber e tomou a liderança antes da primeira curva. Fernando Alonso também forçou passagem e ficou com a terceira posição, que era de Sebastian Vettel. Felipe Massa tentou ganhar posições por fora, mas foi prejudicado por uma freada do alemão e acabou sendo superado por Nico Rosberg, da Mercedes.

Lá atrás, Schumacher ganhou duas posições e pulou de décimo para oitavo. Rubens Barrichello se aproveitou de um toque de Paul di Resta em Nick Heidfeld na curva três para ganhar três posições e ficar em 11º.

Logo na segunda volta, Alonso errou na freada, escapou e voltou a perder a terceira posição para Vettel. Não por muito tempo. Na nona volta, foi a vez do líder do campeonato perder o controle da freada na grama e ser superado pelo espanhol. Naquele momento, dos boxes, Felipe Massa recebia a ordem de partir para cima de Rosberg: “Você tem de ultrapassá-lo agora”. O brasileiro, no entanto, só conseguiu superar o piloto da Mercedes na 12ª volta, depois de forçar a barra e chegar a tocar no rival.

Webber e Alonso na largada do GP da Alemanha (Foto: Reuters)
Webber e Alonso disputam posição na largada do GP da Alemanha
 
 
Hamilton erra, é ultrapassado, mas retoma a ponta

Nick Heidfeld foi o primeiro a deixar a corrida. Depois de tentar a ultrapassagem por fora, o alemão não achou espaço, tocou no carro de Sebastien Buemi e saiu do chão. Na briga pela dianteira, Hamilton errou na freada na chicane e viu Webber retomar a liderança. Não por muito tempo. O inglês ditou o ritmo e passou pela direita, assumindo novamente a ponta.



O primeiro a ir para os boxes foi Mark Webber. Com o bom trabalho da RBR, o australiano voltou em sexto, em boas condições de brigar pela ponta. Felipe Massa chegou a liderar antes de fazer sua parada, a mais rápida do pelotão da frente. No retorno à pista, o brasileiro conseguiu se posicionar à frente de Vettel, apesar da pressão do alemão.

Na 18ª volta, Barrichello, com um vazamento de óleo no motor de sua Williams, precisou abandonar a prova, após ordens da equipe. Pouco depois, Schumacher repetiu Vettel, derrapou na grama e rodou. O alemão, no entanto, conseguiu se recuperar e voltou à corrida.

Na frente, Webber seguia na liderança, à frente de Hamilton e Alonso. Massa, em quarto lugar, aparecia distante do trio, enquanto Vettel lidava com problemas de aquecimento no pneu e defeito no freio e não conseguia acompanhar o ritmo.

Alonso assume a liderança, mas Hamilton recupera a ponta

Na metade da prova, Mark Webber foi pela segunda vez aos boxes. A RBR demorou um pouco mais, e o australiano acabou perdendo a liderança para Hamilton, que também fez sua segunda parada. Em duelo sensacional, Alonso chegou a assumir a ponta depois de voltar dos boxes, mas, com os pneus frios, não resistiu à pressão do inglês e foi ultrapassado.

Na 36ª volta, Jenson Button, que acabara de ultrapassar Rosberg na briga pela sexta posição, abandonou a corrida por problemas hidráulicos em sua McLaren. Em quinto, Vettel fez sua segunda parada, antes de Massa, que permaneceu na pista. A mais de 16s do trio da dianteira, o brasileiro apenas torcia por um erro dos rivais.

Na segunda parada, no entanto, a Ferrari demorou, e Vettel tirou a diferença para Massa. O líder do campeonato, então, passou a pressionar o brasileiro, que, mesmo com os pneus frios, conseguiu segurar a quarta posição. Dos boxes, os engenheiros da McLaren pediam para Hamilton tentar manter os pneus médios até o limite, já que, com eles, o inglês conseguia ter um ritmo melhor que os rivais, com compostos duros.



A 15 voltas do fim, Massa travou a roda traseira na freada e chegou a sair da pista. Apesar da pressão de Vettel, no entanto, o brasileiro conseguiu se manter à frente do alemão. A briga pela ponta ganhou mais emoção a oito voltas do término. Hamilton seguiu para os boxes e foi o primeiro a usar pneus duros.

Alonso, então, retomou a ponta e a corrida ficou aberta. O espanhol conseguiu segurar até a 54ª volta e também foi para os boxes. No retorno, no entanto, Hamilton foi mais rápido e conseguiu recuperar a liderança. Para não sair mais.

Na última volta, porém, um novo toque de emoção. Na briga pelo quarto lugar, Felipe Massa e Sebastian Vettel deixaram a troca obrigatória por pneus duros para o último momento. Os dois foram juntos para os boxes, mas o alemão levou a melhor. Mais lenta, a Ferrari acabou prejudicando o brasileiro, que viu o líder do Mundial vencer a briga na reta final e cruzar a linha de chegada em quarto.

Confira a classificação final do GP da Alemanha

1 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 60 voltas em 1h37m30s334
2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 3s980
3 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 9s788
4 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - a 47s921
5 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 52s252
6 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 1m26s208
7 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1 volta
8 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 1 volta
9 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 1 volta
10 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - a 1 volta
11 - Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - a 1 volta
12 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1 volta
13 - Paul Di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 1 volta
14 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - a 1 volta
15 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 1 volta
16 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - a 2 voltas
17 - Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - a 3 voltas
18 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - a 3 voltas
19 - Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth) - a 3 voltas
20 - Karun Chandhok (IND/Lotus-Renault) - a 4 voltas

Não completaram:

Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - a 23 voltas/mecânico
Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 25 voltas/hidráulico
Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 44 voltas/motor
Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - a 51 voltas/acidente

Melhor volta: Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m34s302, na 59ª
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Fonte: Globo.com

quinta-feira, 21 de julho de 2011

BRASIL PLURAL com Marcelo Bratke e Camerata Brasil, hoje à tarde em Cunha!!! Foi lindo!!!

Meu namorado tem uma fazenda em Cunha. Lá temos dois lindos cachorros, a Una uma Golden Retriver e o Pelé, um Pastor Alemão Preto.

Como decidimos castrar a Una, resolvi tirar uma semana de férias para cuidar dela.

Foi então, que eu e minha amiga Cris, viemos pra cá para cuidar da Una e descansar um pouco. Descansar... mas que nada, não parei um segundo, é levar cachorro pra um lado, os caseiros pra outro, fazer compras, buscar gelo, gás, lenha, sem falar na arrumação da casa... resolvi trocar todos os móveis de lugar... afff tô morta, rs.

Mas, voltando a Una, a cirurgia correu bem, assim como a recuperação dela.

Cunha, apesar de ser uma região mais fria do que São Paulo, está muito quente, hoje à noite, por exemplo, estou de shorts e camiseta de manga curta. Aqui está muito bom.

Estou me divertindo muito, pois tenho visitado algumas amigas, ido a restaurantes e ateliês de cerâmicas e jóias. Tudo muito lindo.

Mas, para minha surpresa, hoje às 16hs teve uma apresentação do Marcelo Bratke e Camerata Brasil que foi sensacional. Por essa eu não esperava. Eles tocaram músicas de Heitor Villa-Lobos e Ernesto Nazareth. Foi lindo, adorei.

Foi minha amiga Renate, aqui de Cunha, que me avisou, e claro, não perdi esse espetáculo. Fazia tempo que não assistia há um show desse nível.

A orquestra Camerata Brasil, foi fundada por Marcelo Bratke em 2006 e é formada por jovens músicos vindos de áreas desprivilegiadas da sociedade Brasileira.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Alonso quebra o gelo, deixa as RBRs para trás e vence o GP da Inglaterra

Espanhol põe a Ferrari no topo do pódio pela primeira vez no ano, seguido por Vettel e Webber; Felipe Massa chega em quinto, atrás de Lewis Hamilton



Em Silverstone, vamos descobrir onde estamos”.

A frase profética de Fernando Alonso após o GP da Europa ainda deixava no ar a dúvida sobre a escalada da Ferrari, que a cada corrida ameaçava beliscar a supremacia da RBR. A descoberta veio neste domingo. No fim de semana marcado pelo polêmico vaivém das regras, o bicampeão mundial quebrou o gelo da temporada. Finalmente deixou o líder Sebastian Vettel para trás, venceu o GP da Inglaterra e colocou molho num campeonato que caminhava para a monotonia. As RBRs de Vettel e Mark Webber completaram o pódio, mas viram pela primeira vez um intruso carro vermelho puxando a fila.

A outra Ferrari não aproveitou o embalo: Felipe Massa chegou em quinto, atrás das duas RBRs e da McLaren de Lewis Hamilton, que cruzou em quarto. Foi a 27ª vitória da carreira de Alonso, a primeira da escuderia italiana desde o GP da Coreia do Sul no ano passado. Para Vettel, fica o consolo de que ainda tem 80 pontos de folga na liderança e correrá em casa daqui a duas semanas, dia 24, no GP da Alemanha. Até lá, a questão do regulamento continua aberta. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) afirmou que, se houver consenso, a limitação do uso dos difusores será revogada. Mas na reunião deste domingo, antes da corrida, Ferrari e Sauber não assinaram o acordo.

fernando alonso ferrari gp da Inglaterra (Foto: agência AP)
Ao deixar o carro, Alonso vibra com a primeira vitória da Ferrari na temporada 2011
 
 
Alonso, que largou em terceiro, ganhou a primeira posição numa parada nos boxes na 27ª volta, quando Vettel teve problemas com o macaco do seu carro. Após cruzar a linha de chegada e saborear novamente uma vitória, o espanhol vibrou muito. Festejou no pódio e recebeu o troféu diante do príncipe Harry, que tinha visitado os boxes da RBR antes da corrida.

Webber teve a chance de ultrapassar Vettel na última volta, mas a RBR, pela primeira vez, interferiu e pediu para que eles segurassem as posições até o fim. O mesmo não pode ser dito de Massa e Hamilton, que disputaram o quarto lugar até a bandeirada final. O brasileiro tentou dar o bote na última curva e chegou a ser tocado duas vezes pelo rival, mas não conseguiu a ultrapassagem e chegou 24 milésimos atrás do inglês.

O também inglês Jenson Button não teve uma boa corrida em casa. Abandonou a prova e perdeu a vice-liderança do campeonato para Webber. O brasileiro Rubens Barrichello chegou em 13º lugar.

Na largada, Vettel pula na frente

A previsão na largada era de que a chuva não daria as caras durante a prova, mas já tinha chovido mais cedo. Com vários pontos molhados na pista, as equipes não tinham outra escolha a não ser largar com pneus intermediários.

Quando as luzes vermelhas se apagaram, Vettel mal precisou mexer no volante para ganhar a primeira posição de Webber. O alemão pisou fundo, deixou o companheiro de equipe na saudade e levantou spray para quem vinha atrás. Massa ameaçou disputar o terceiro lugar com Alonso, mas acabou sendo ultrapassado por Button. Na segunda volta, enquanto os carros da RBR já abriam dois segundos para Alonso, o brasileiro recuperou sua posição. E Hamilton, que largou em décimo, voou até quinto, superando inclusive Button, seu colega de McLaren. Rubinho largou mal e caiu de 15º para 20º.

Na quarta volta, a autoconfiança de Hamilton quase lhe deu uma rasteira. Quando já se aproximava de Massa, o inglês perdeu o controle do carro, escapou e permitiu que o brasileiro respirasse. Não levou muito tempo para os dois ficarem colados de novo. A partir da quarta volta, Lewis passou a caçar Felipe na pista, numa disputa que só teria seu último capítulo na bandeirada final.

largada gp da inglaterra (Foto: Agência Reuters)
Na largada, Vettel pulou na frente, ainda com trechos molhados na pista
 
 
Michael Schumacher, da Mercedes, ignorou as leis da física e tentou passar através da Sauber de Kamui Kobayashi. Levou a pior e teve de parar para trocar a asa dianteira. Foi parar na 18ª posição e, pouco depois, ainda teve de voltar aos boxes para cumprir uma punição de dez segundos. Ainda assim, o heptacampeão terminaria a corrida em nono, dento da zona de pontuação.

Na 12ª passagem, os outros pilotos também foram para os boxes, mas por um motivo diferente: colocar os pneus para pista seca. Três voltas depois, quase ao mesmo tempo, as McLarens deram o bote em cima das Ferraris. Primeiro foi Button, que tomou a quinta posição de Massa. Em seguida foi Hamilton, que assumiu o terceiro posto deixando Alonso para trás. A resposta do espanhol veio na 24ª volta, quando retomou a posição do inglês.

Nos boxes, Alonso pula para a ponta

Na 27ª, Vettel e Alonso, líder e vice-líder da prova, pararam juntos. A Ferrari ganhou a disputa nos boxes, e ali a corrida mudou de figura (veja o vídeo acima). O alemão, que estampava fotos dos mecânicos da RBR no capacete, teve problemas com o macaco que levanta o carro. Perdeu segundos preciosos e viu o espanhol voltar na ponta, seguido de muito perto por Hamilton. Naquele momento, Vettel e Webber já se viam em uma situação pouco comum: atrás de uma Ferrari e uma McLaren.

Pouco acostumado a ver carros à sua frente, Vettel partiu para cima de Hamilton. Na 36ª passagem, tentou dar o bote, os dois quase se tocaram, mas o inglês se defendeu bem. Aí a RBR se redimiu do problema na parada anterior. Fez as contas, chamou Vettel para os boxes e o colocou de volta na pista na frente de Hamilton, que também tinha parado.

Button, que àquela altura estava numa provisória terceira posição, foi prejudicado por um erro da McLaren. Na parada nos boxes, a equipe liberou o carro com a roda dianteira direita solta. O inglês logo percebeu o perigo, encostou e se viu forçado a abandonar a prova. Com isso, perdeu a vice-liderança do Mundial e, em casa, manteve a sina de nunca vencer ou fazer pole em Silverstone.

Seu companheiro de McLaren, em terceiro lugar, sofria com o assédio de Webber, que vinha em quarto. Dos boxes, Hamilton recebeu o incentivo: “Faça o que puder para segurá-lo”. Não deu. A seis voltas do fim, o australiano caprichou na manobra e assumiu a terceira posição.

Naquele momento, Alonso abria 17 segundos de vantagem para Vettel, com Webber, Hamilton e Massa na sequência. Os mecânicos da RBR aplaudiram a manobra de Webber, que colocou os dois carros da equipe no pódio. Mas havia um incômodo ponto vermelho no meio da história. Conforme tinha avisado, Alonso realmente descobriu em Silverstone o lugar onde está: no topo.

fernando alonso ferrari gp da Inglaterra (Foto: Agência Reuters)
Pela primeira vez no ano, a bandeirada foi para um carro vermelho, em vez da RBR
 
 
Veja o resultado final do GP da Inglaterra:

1. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m41s951
2. Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m38s521
3. Mark Webber (AUS/RBR-Renault) – 1m38s436
4. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m39s202
5. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m38s734
6. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m39s499
7. Sergio Pérez (MEX/Sauber- ) - 1m40s933
8. Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - 1m40s446
9. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m39s704
10. Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m40s568
11. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m38s982
12. Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - 1m39s211
13. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m39s474
14. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - 1m38s572
15. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m38s877
16. Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - 1m42s202
17. Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth - 1m42s435
18. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - 1m47s559
19. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth) - 1m46s610

Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - parou na volta 40
Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - parou na volta 27
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - parou na volta 27
Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) -
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - parou na volta 03

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Fonte: Globo.com

quarta-feira, 6 de julho de 2011

SESC PINHEIROS APRESENTA O SHOW “MODA DE ROCK, VIOLA EXTREMA”

Em comemoração ao dia Internacional do Rock, Ricardo Vignini e Zé Helder vão dividir o palco do Teatro Paulo Autran com o guitarrista pioneiro na fusão de regional com rock, Pepeu Gomes

AModaRock- Fotos  Ulisses Matandos
No dia 17 de julho, em comemoração ao dia Internacional do Rock, o SESC Pinheiros apresenta mais um show da turnê de lançamento do CD "Moda de Rock, Viola Extrema", Ricardo Vignini e Zé Helder voltam a São Paulo com um repertório clássico do rock adaptado para duas violas caipiras e guitarra, apresentados de forma instrumental como May This Be Love (Jimi Hendrix), Norwegian Wood (Lennon e McCartney), Kaiwovas (Sepultura). Desta vez, o convidado especial é Pepeu Gomes, eleito pela revista americana Guitar World de 1988 como um dos dez melhores guitarristas do mundo na categoria "world music".

Nascido em 2007 com a ideia inicial de mostrar a potencialidade do instrumento para seus alunos e lembrar-se das diversões da adolescência que tinham essa música como trilha sonora, os dois violeiros nascidos em 1973, e membros da banda Matuto Moderno, se juntaram e criaram o projeto que transformou In the Flesh do Pink Floyd em uma singela valsinha e músicas como Aces High, do Iron Maiden, e Master of Puppets, do Metallica, ganharam uma levada de pagode de viola.


Além destas, o CD conta com faixas de Led Zeppelin, Beatles, Jim Hendrix, Megadeth, Sepultura, Nirvana, Jethro Tull e Ozzy Osbourne executadas apenas com duas violas de forma instrumental. A faixa Aqualung, Jethro Tull, tem a participação do também violeiro Renato Caetano e Kaiowas, Sepultura, tem o palmeado e sapateado de catira de Edson Fontes dos grupos Os Favoritos da Catira e Matuto Moderno.

O CD foi masterizado no Abbey Road Studios em Londres, estúdio que gravou 90% da obra dos Beatles, Pink Floyd, Foo Fighters, Green Day. Produzido por Ricardo Vignini, lançado pelo selo Folguedo, que é exclusivamente dedicado a música de viola “Moda de Rock” tem a distribuição da Tratore.

Ricardo Vignini - São Paulo

É um dos violeiros mais atuantes do Brasil, produtor e pesquisador de cultura popular do sudeste, ao lado da banda Matuto Moderno gravou quatro CD´s, lançou recentemente o CD solo instrumental “Na Zoada do Arame” e participou dos principais eventos sobre a viola no Brasil. Dono do selo Folguedo dedicado à música caipira, é endorsee da corda de viola americana D'addario no Brasil. Dividiu o palco com os artistas americanos Bob Brozman em turnê brasileira em 2003 e Woody Mann em 2006 e 2008; em 2006 também tocou com Christiaan Oyens e o gaitista Sérgio Duarte. Acompanha as cantoras Kátya Teixeira e Maria Dapaz. Leciona viola caipira e guitarra há 18 anos e produz CD´s de vários artistas há 12 anos. Produziu três CDs e um DVD do Índio Cachoeira. Tocou e gravou também com: Socorro Lira, Pena Branca, Levi Ramiro, Pereira da Viola, Os Favoritos da Catira, Ivan Vilela, Paulo Simões, Paulo Freire, Roberto Correa, Renato Teixeira, Almir Sater.Ricardo Vignini é endorsee da D'addario.

Zé Helder – Cachoeira de Minas

Zé Helder tem dois CDs solos: “A Montanha” (Pedralva - 2004) e “No Oco do Bambu” (São Paulo – 2009), com participações especiais de Ivan Vilela, Dani Lasalvia, Índio Cachoeira, entre outros. Gravou também com o grupo Orelha de Pau (2002), além de participações em CDs de diversos artistas, entre eles Levi Ramiro e o CD Caminho da Fé, da Cantora Walgra Maria, produzido por Dércio Marques. Também tem algumas composições gravadas por artistas do sul de Minas. Ele explora a viola caipira de maneira original em composições vocais e instrumentais, com um repertório que passeia por influência de música regional, clube da esquina, jazz, rock, música erudita e outras vertentes. Em 2010, passou a integrar o grupo Matuto Moderno, onde assumiu a viola (junto com Ricardo Vignini) e os vocais (junto com Edson Fontes). Formado em Licenciatura Plena em Música, criou o curso de viola caipira no Conservatório de Pouso Alegre (CEMPA), e atualmente leciona o instrumento no Conservatório Municipal de Arte de Guarulhos.

SERVIÇO
MODA DE ROCK, VIOLA EXTREMADias: 17 de julho, domingo, às 18h
Local: Teatro Paulo Autran (1010 lugares)
Duração: 90 minutos
Não recomendado para menores de 10 anos
R$ 24,00 (inteira); R$ 12,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 6,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
Não é permitida a entrada após o início do espetáculo.
Ingressos à venda pelo sistema INGRESSOSESC, a partir de 01/07/2011 às 10h.
Consulte a lista de pontos de venda no site http://www.sescsp.org.br/sesc/servico.cfm?servico_id=3   e escolha a que estiver mais próximo de você.
Formas de pagamento: à vista em dinheiro, cheque ou cartões: Visa, Visa Electron, Mastercard, Mastercard Electronic, Maestro, Redeshop e Diners Club International [crédito e débito].
Ar Condicionado.
Acesso para deficientes físicos.

SESC PINHEIROSRua Paes Leme, 195
Horário de funcionamento da Unidade: Terças a sextas, das 13 às 22h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h horas.
Horário de funcionamento da Bilheteria: Terça a sexta das 10h às 21h30. Sábados das 10h às 21h30, domingos e feriados das 10h às 18h30.
Tel.: 11 3095.9400

ESTACIONAMENTO COM MANOBRISTA (VAGAS LIMITADAS): Veículos, motos e bicicletas.
Terça a sexta, das 7h às 22h; Sábado, domingo, feriado, das 10h às 19h
(Horários especiais para a programação do teatro).
Taxas: Matriculados no SESC: R$ 6,00 nas três primeiras horas e R$ 1,00 a cada hora adicional
Não matriculados no SESC: R$ 8,00 nas três primeiras horas e R$2,00 a cada hora adicional
Para atividades no Teatro, preço único: R$ 6,00

sexta-feira, 1 de julho de 2011

É mais que um revival... é mais que um show, é a festa de comemoração dos 50 anos de um dos mais importantes grupos musicais da Jovem Guarda

Eram garotos que como nós, amavam os Beatles e os Rolling Stones, com um detalhe histórico, tornaram-se nos anos 60 a banda musical mais famosa do Brasil. Explodiram aqui na época em que os Beatles faturavam lá fora e os Stones já barbarizavam.
E na semana Internacional do Rock, o Fulana promove um jantar show em comemoração aos 50 anos da banda Os Incríveis, que embalou a juventude de uma geração e continua balançando corações, com musicas contagiantes que marcaram a vida de muitas pessoas, e ainda, mexem com os sentimentos de muitos.

Participar desta comemoração é viajar no tempo e descobrir que a salada musical proposta pelo conjunto passava ao largo das permissividades reveladas pelo Tropicalismo, mas que já trazia, embutido no seu repertório, a miscelânea  de ritmos que acabou fazendo  a festa  pop que começou no final dos anos 60. A banda Os Incríveis, composta por  Netinho (Bateria),  Sandro (Guitarra), Leandro (Baixo e Vocal) e  Wilson Teixeira (Sax), convidarão o público presente na noite do dia 14 de julho a passear pelo túnel do tempo em um  repertório com temas jazzísticos- como  O "Homem do Braço de Ouro" , que Elmer Bernstein e Sylvia Fine escreveram para o filme homônimo estrelado por Frank Sinatra , e o delicioso tema que Henry Mancini escreveu para o seriado de TV “Peter Gumm” –a vanguardismos do tipo dançante de Jorge Ben Jor ( a música “Vendedor de Bananas” ) , sem esquecer as pérolas do cancioneiro kitsch que Os Incríveis  sempre transformava em sucesso como "El Relicário" , "O Vagabundo" , "Czardas" , "Sem Vergonheira" , e "O Milionario".


Os Incriveis - foto Paulo Mello
Os Incríveis - Uma Trajetória Inesquecível

Na festa de arromba cantada por Erasmo Carlos em 1965 aparece o conjunto The Clevers tocando no terraço enquanto os Jet Blacks tocavam no salão. The Clevers era um conjunto de rock instrumental nascido em 1962 e criado pelos então garotos Manito, Netinho, Mingo, Risonho e Neno.  Numa época em que os jovens ouviam Elvis Presley, Paul Anka ou o brasileiro Roni Cord, com muito rock abolerado, o conjunto The Clevers conseguiu fazer sucesso com algo que parecia improvável: a gravação de El Relicário, um clássico do cancioneiro espanhol em ritmo de twist. O nome que consagrou o conjunto que até hoje leva público as teatros, clubes e festas só surgiu dois anos depois: em 1964 o The Clevers adotou o nome brasileiro de Os Incriveis depois de uma excursão por 35 cidades italianas acompanhando Rita Pavone, a grande estrela do rock dos anos 60.

Mas, foi ainda com o nome de The Clevers que eles começaram a fazer história. Antes de Roberto e Erasmo “estourarem” com o programa Jovem Guarda, o conjunto fazia na mesma TV Record , em 1963 , o “Clevers Shows”, uma tentativa que a TV fazia para manter o público que ficou órfão com a aposentadoria precoce de Celly Campello e seu “Crush em HI FI”. Foi nesse programa de televisão que The Clevers lançou o sucesso O Milionário, música que até hoje é muito executada.

Sempre à frente de seu tempo, o conjunto Os  Incríveis  fez outra façanha em 1964: durante nove meses participou do programa “ Sábados Continuados” numa televisão de Buenos Aires. E confirmando o sucesso internacional que já havia acontecido na Itália, os brasileiros gravam um LP em espanhol com o título “Los Increibles”.

Na volta ao Brasil, em 1965, participam do começo do programa Jovem Guarda e, quando Nenê entra no lugar de Neno, o grupo vai para TV Excelsior apresentar seu novo programa. O peso desse programa pode ser medido pela qualidade de seus sucessivos diretores: Brancato Jr, Carlos Manga, Carlos Imperial e Abelardo Figueiredo. Os temas internacionais que o conjunto tocava revelavam , também , a vontade de estar na estrada . Era difícil manter o conjunto em São Paulo. Em 1966, lá foram eles de novo para a Europa animando os passageiros de um navio que fazia cruzeiros pelo Mediterrâneo. Foi nesse ano que Os Incríveis gravaram outro grande sucesso: O Vendedor de Bananas, do, então, Jorge Ben. Na volta ao Brasil, o conjunto ancorou na TV Tupi mas, as amarras eram frouxas e lá foram nossos meninos para o Japão . Fizeram shows e até gravaram um disco cantando em japonês.

Apesar do sucesso enorme, o grupo enfrentou seu primeiro problema com a mídia ao gravar; em 1969, o hino Eu Te Amo Meu Brasil. Eram os anos de chumbo da ditadura brasileira e a patrulha ideológica reprovou com veemência o triunfalismo dessa marchinha ingênua da dupla, Dom e Ravel. Quando o conjunto completou dez anos, em 1972, os músicos se separaram, buscando novos horizontes e novos sons. Netinho por exemplo, criou o grupo Casa das Máquina, de memorável trajetória, e Manito continuou entusiasmando o público com seu sax rasgado.

A primeira fase de existência de Os Incríveis durou dez anos.  A primeira separação também durou dez anos. Em 1982, a banda voltava a se reunir e gravou um LP de reencontro. Não passou disso. E vieram outros dez anos de ostracismo até que a estagnação da música popular brasileira abriu espaço para os revivals. Já que o presente não estava bom, então, “viva a nostalgia”. Cansados de mais dez anos de ócio, o grupo se reúne para um sensacional retorno e lota a casa que era fashion na época, o Aeroanta de São Paulo. Mas ainda não estava na hora do eterno retorno. Mingo veio a falecer e Netinho passou por uma experiência traumatizante que, por isso mesmo, acabou dando um novo impulso à sua carreira. Há mais de 15 anos ele teve um câncer nas cordas vocais, fez uma operação bem sucedida, ficou com a voz afônica e passou a ajudar instituições que cuidam de crianças carentes portadores de câncer. Esse renascimento deu novo impulso à carreira dos Incríveis. Em 1996, a casa de espetáculos Tom Brasil, em São Paulo, apresentou o show “Jovem Guarda – Novo de Novo” e durante quatro semanas os músicos que faziam sucesso nos anos 60 receberam nova consagração. Lá estavam Os Incríveis ao lado de Wanderléa, Eduardo Araújo, Martinha, Golden Boys, num show que rendeu 2 CDs e um vídeo , sem contar que a coletânea  em CD “ 30 anos de Jovem Guarda”  fez com que a música “ Era um garoto que como eu amava os Beatles eos Rolling Stones” voltasse ás paradas de sucesso, com mais de 150 mil discos vendidos.

Paralelamente a esse sucesso de palco, Netinho vem se dedicando à nobre causa de ajudar o CACC - Centro de Apoio à Criança Carente com Câncer. Para tanto, Netinho repetiu em 1999, a festa de arromba de Erasmo Carlos e reuniu os amigos dos anos 60 para gravar o CD “ Deus Abençoe as Crianças” com músicas feitas especialmente para o disco . A canção título pode ser considerada uma espécie de “We’re the World” jovenguardista e contou com a participação de 32 dos mais conhecidos cantores da atualidade: Elba Ramalho, Fábio Júnior, Ronnie Von, Wanderléa, Guilherme Arantes, Sérgio Reis e Jair Rodrigues, entre outros. O objetivo principal: arrecadar fundos para o CACC. O disco é um sucesso e continua sendo vendido.

Às vésperas de completar 40 anos de existência, o conjunto Os Incríveis lançou seu primeiro disco gravado no formato de CD pela Continental East West, o CD Os Incríveis Ao Vivo, preenchendo também uma outra lacuna: fazia 20 anos que esse conjunto precursor da Jovem Guarda não produzia um disco novo.

O disco foi gravado numa noite histórica. Era 12 de julho de 2000 e o conjunto , aproveitando a boa maré trazida pela revival da Jovem Guarda , conseguiu lotar o teatro Politheama, em Jundiaí, com um público que também amava os Beatles e os Rolling Stones e teve a sorte de acompanhar de longe a guerra do Vietnã que matou o personagem da música de maior sucesso dos Incríveis: “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rollings Stones”. A energia que pulsou entre músicos e platéia foi gravado e resultou neste surpreendente CD  . E surpreendente por vários motivos. Primeiro, porque o conjunto que nasceu em 1962 não perdeu seu vigor nem seu estilo. Em segundo lugar, pode ser apontado o fato de o enorme Politheama de Jundiaí, em São Paulo estar lotado. Afinal, um país que é sempre acusado de não ter memória, de não preservar seu passado, conseguiu resgatar um conjunto que foi bastante significativo no seu contexto e continua acariciando corações e mentes com a nostalgia de seu repertório e com a ingenuidade do tempo em que se consagrou. Os aplausos que acompanham o final de cada faixa do CD Os Incríveis ao vivo, demonstram a satisfação que o público teve ao reencontrar seus ídolos e suas canções .

Com a atual formação, o conjunto Os Incríveis tem cumprido uma extensa lista de shows por todo o Brasil, reconquistando o carinho dos antigos fãs e obtendo um grande sucesso junto ao público jovem, que está descobrindo a contagiante musicalidade produzida por Netinho, Sandro Haick, Leandro e Wilson Teixeira. 

Mas, daqui prá frente, tudo vai ser diferente, Os Incríveis começam a escrever as novas páginas de uma biografia de um conjunto que está comemorando 50 anos de existência e que continua na memória de toda uma geração que há 50 anos vibra com o som de Netinho, e agora, Leandro, Sandro e Wilson Teixeira.

Os garotos que amavam Os Incríveis dos anos 60 vão ficar na torcida esperando o mais rápido possível, o CD com as músicas novas, que em breve estará no mercado, o primeiro disco com a atual formação .

Eles são mesmo Incríveis.

Wladimir Soares  


SERVIÇO:

Os Incríveis, 50 anos
Dia: quinta-feira, 14 de julho
Horário: 20h
Fulana Restaurante
Av. Luís Dumont Villares, 651
Jardim São Paulo - SP
Tel: 11 2283-6575 (reservas)
Lotação: 240 lugares
Estacionamento: Valet (R$ 10,00)
Duração do espetáculo: 60 min (aproximadamente)
Show com jantar sistema Buffet: R$ 90,00 por pessoa (não inclusos a bebida e serviço)
Convites antecipados R$ 85,00 por pessoa (não inclusos a bebida e serviço) pelo telefone 11 2283-6575
Cartões de débito: RedeShop, Visanet, Maestro
Cartões de crédito: MasterCard, Visa, Amex, Diners
Sala de recreação infantil monitorada
Acesso para deficientes físicos
Ar Condicionado
Conexão Wi-Fi e Telão

Obs.: Buffet com: Antepastos, Entradas variadas e saladas, Pratos quentes da gastronomia Mediterrânea, incluindo a tradicional Paella e Sobremesas diversas.

Graça Marinho

Graça Marinho
Aldeia da Serra e San Diego/USA