GP da Austrália
Kubica, Button e Massa comemoram pódio conquistado no GP da Austrália |
PROVA IMPREVISÍVEL EM MELBOURNE

Após a largada, Fernando Alonso andou ao contrário e caiu para último, mas se recuperou

Button também bateu no começo, mas acabou vencendo pela segunda vez seguida na Austrália
Vencedor com a McLaren pela primeira vez, Button largou em quarto lugar, mas contou com uma boa estratégia de troca de pneus e, principalmente, com a sorte. Porque, se não fosse o problema nos freios de Sebastian Vettel, a vitória deveria ficar mesmo com o alemão, que saiu na pole position e outra vez lamentou a falta de confiabilidade de sua Red Bull. Confirmando a imprevisibilidade da prova, o polonês Robert Kubica levou a Renault a uma heroica segunda posição, após sair em nono.
Felipe Massa chegou em terceiro lugar e obteve seu segundo pódio seguido, beneficiado após uma boa largada. O brasileiro somou 33 pontos e encostou no companheiro Fernando Alonso. Ao contrário do brasileiro, o espanhol da Ferrari foi o maior prejudicado na saída, mas conseguiu chegar bem após uma corrida de recuperação e manteve a liderança do Mundial com 37 pontos.
“Tive um começo fantástico. Estou feliz porque a corrida foi difícil, a pista estava muito escorregadia e a aderência estava baixa em todos os lugares”, comentou Massa.
Rubens Barrichello fez uma corrida discreta e provou que, de fato, o bom desempenho da Williams no treino de classificação era o limite do carro. Ele largou em oitavo e chegou nesta mesma posição.
Já o brasileiro Lucas di Grassi resistiu bastante com sua Virgin, e ficou na corrida durante 25 voltas. Bruno Senna durou bem menos: abandonou logo no sexto giro, enquanto seu companheiro Karun Chandhok chegou quatro voltas atrás do líder, mas levou a Hispania a completar sua primeira corrida na Fórmula 1.
A corrida
Logo antes da largada, começou a chover, e a movimentação começou com a mudança para pneus intermediários antes mesmo dos motores roncarem. Quando a luz verde acendeu, Felipe Massa arrancou de quinto para segundo lugar. Atrás dele, uma batida entre três campeões mundiais esquentou a corrida. Alonso, Schumacher e Button se enroscaram, e o espanhol ficou no sentido contrário do trajeto, caindo para a última posição.PÓDIO INÉDITO NA AUSTRÁLIA
Não demoraria muito para que a Ferrari de Alonso recuperasse as posições. Button também voltou para a corrida, e quem levou a pior foi Michael Schumacher, que precisou voltar aos boxes e chegou a tomar um “X” da Virgin de Lucas di Grassi na tentativa de sair das últimas posições.
Antes disso, o safety car esteve na pista até a quinta volta, por conta de uma forte batida envolvendo Buemi, Kobayashi e Hulkenberg. Tudo começou com o japonês, que perdeu a asa dianteira atrás do suíço, perdeu o controle e acertou em cheio o alemão da Williams. Além dos três, quem saiu logo no começo foi Bruno Senna, que teve os mesmos problemas hidráulicos dos treinos e parou na pista.
No pelotão da frente, Massa não durou muito na segunda posição. Sua Ferrari perdeu força e acabou sendo ultrapassada por Webber. Porém, tudo mudaria depois que Button colocou pneus de pista seca e começou a andar mais rápido.
"Eu estava sofrendo muito com os pneus intermediários, então pensei 'vamos colocar o slick', e na hora que saí do pit pensei que foi uma decisão catastrófica, porque escapei da pista. Mas depois percebi que o ritmo ficou melhor e provou ser a aposta certa", explicou o vencedor.
As equipes perceberam a necessidade da troca, e todos os carros foram para os boxes. A Ferrari trabalhou mal com Felipe Massa, que ganhou posição de Webber, mas perdeu para Rosberg e Kubica.
Na 26ª volta, o pior aconteceu de novo para Sebastian Vettel. O alemão, que seguia livre na liderança, teve problemas no freio, perdeu o controle sozinho e foi para a brita, repetindo a decepção do Bahrein, quando também largou na pole e chegou em quarto. Desta vez foi bem pior, porque ele teve que abandonar a corrida.
Quando Vettel saiu da pista, a McLaren já comemorava, pois naquele momento Button assumia a ponta e Hamilton vinha em terceiro, com tudo para cima do vice-líder Kubica. Mas não foi fácil ultrapassar o polonês. Hamilton acabou indo para os boxes, e saiu da briga pela liderança.
Perto do final da prova, os pneus da Ferrari começaram a se desgastar, o que deu margem para Lewis Hamilton atacar o rival Fernando Alonso, velho conhecido das rixas na McLaren em 2007. O inglês foi tão agressivo que acabou saindo da pista, após falhar na tentativa de ultrapassagem e ser atingido por Mark Webber. Toda essa briga foi favorável mesmo a Jenson Button, que chegou à sua oitava vitória na Fórmula 1, com direito a bandeirada de John Travolta.
| Posição | Piloto | Equipe | Tempo |
| 1º | Jenson Button | McLaren | 1h33min36s531 |
| 2º | Robert Kubica | Renault | a 12s034 |
| 3º | Felipe Massa | Ferrari | a 14s488 |
| 4º | Fernando Alonso | Ferrari | a 16s304 |
| 5º | Nico Rosberg | Mercedes | a 16s683 |
| 6º | Lewis Hamilton | McLaren | a 29s898 |
| 7º | Vitantonio Liuzzi | Force India | a 59s847 |
| 8º | Rubens Barrichello | Williams | a 1min00s536 |
| 9º | Mark Webber | Red Bull | a 1min07s319 |
| 10º | Michael Schumacher | Mercedes | a 1min09s391 |
| 11º | Jaime Alguersuari | Toro Rosso | a 1min11s301 |
| 12º | Pedro de la Rosa | Sauber | a 1min14s084 |
| 13º | Heikki Kovalainen | Lotus | a 2 voltas |
| 14º | Karun Chandhok | Hispania | a 4 voltas |
| 15º | Timo Glock | Virgin | Não terminou |
| 16º | Sebastian Vettel | Red Bull | Não terminou |
| 17º | Lucas di Grassi | Virgin | Não terminou |
| 18º | Adrian Sutil | Force India | Não terminou |
| 19º | Vitaly Petrov | Renault | Não terminou |
| 20º | Bruno Senna | Hispania | Não terminou |
| 21º | Sébastien Buemi | Toro Rosso | Não terminou |
| 22º | Nico Hulkenberg | Williams | Não terminou |
| 23º | Kamui Kobayashi | Sauber | Não terminou |
| 24º | Jarno Trulli | Lotus | Não terminou |
Melhor volta: Mark Webber - 1min28s358
------------
Fonte: www.uol.com.br

Para ser bem sucedido na Fórmula 1, categoria mais famosa do automobilismo mundial, reza a lenda que o piloto deve sentir seu monoposto, com as mãos sendo uma prologação do volante, o coração uma máquina que pulsa junto ao motor, raivoso e temperamental, tal como a personalidade de um grande campeão dentro das pistas.
Em 1984, Ayrton fez sua estreia na Fórmula 1 com um carro da equipe Toleman. Sua primeira vitória viria no GP de Portugal, sob forte chuva, tempo predileto de Senna. O piloto foi para a Lotus em 1985, ganhando seis corridas em três temporadas. Em 1988, formou uma dupla histórica na McLaren ao lado do francês Alain Prost, ganhando seu primeiro título da categoria aos 28 anos.
1990 e 1991, sendo o título de 90 decidido de uma forma bastante controversa devido a uma colisão com Prost.
