By Graça Marinho

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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pivô de caso Massa/Alonso, rádio comunicador cria Big Brother na Fórmula 1

AFP
Pelo rádio, Fernando Alonso ganhou a posição de Massa e acendeu a polêmica

Massa foi avisado pelo rádio que teria de dar passagem a Fernando Alonso. Uma corrida antes, Webber havia ironizado sobre sua condição de segundo piloto pelo mesmo meio. Fundamental para todo tipo de corrida, o comunicador com a equipe assumiu o protagonismo da Fórmula 1 nas últimas semanas e criou uma espécie de Big Brother na categoria.

O problema é que, para apimentar a transmissão oficial, as conversas entre engenheiros e pilotos são exibidas na televisão. A decisão sobre a veiculação das conversas é da Formula One Management (FOM), empresa que comercializa a categoria, e as equipes não interferem. O resultado é o que se viu no último fim de semana, no GP da Alemanha. Massa, na liderança, ouviu da Ferrari que “Fernando Alonso está mais rápido que você”. Na sequência, deixou o espanhol passá-lo.

REUTERS/Marcelo del Pozo
Na imagem, é possível ver o botão vermelho do rádio à esquerda, próximo da mão esquerda

A polêmica ainda se estenderia às entrevistas coletivas e rende até o início dos treinos na Hungria. A origem da discussão, no entanto, se deu durante a transmissão oficial, assim como havia sido na polêmica entre Mark Webber e Sebastian Vettel, na Inglaterra.

Algumas das frases ditas pelo rádio:

“- Jenson vai me passar ou não?
- Não, Lewis, não”
, conversa na McLaren durante o GP da Turquia
"Nada mal para um segundo piloto", disse Mark Webber, após vencer no GP da Inglaterra
"Fernando está mais rápido que você. Você confirma essa mensagem?", disse a Ferrari a Massa no GP da Alemanha.


O australiano estava irritado pelo favorecimento da equipe ao companheiro. Ao cruzar a linha de chegada de Silverstone, Mark Webber alfinetou: “Nada mau para um segundo piloto”, dando origem a uma polêmica que até agora não está bem resolvida.

O resultado é que, no fim, a busca pela audiência está expondo pilotos e equipes.
O piloto tem de ter cuidado. Isso dá audiência. A FIA não está preocupada com o que eles falam. Isso chama a atenção”, disse Ricardo Zonta, piloto de Stock Car e ex-piloto de Fórmula 1.

Mais que um item supérfluo, o rádio é o meio pelo qual pilotos e engenheiros combinam estratégias, regulam o carro e conversam sobre o andamento da corrida. A comunicação é tão importante que o mecanismo é um dos primeiros a serem testados em uma pista nova.

Há todo um treino para se falar no rádio. Você faz toda uma checagem quando vai para uma pista nova, para testar interferência e em quais pontos você pode falar. Eles sabem que às vezes ele não consegue responder. No meio de uma sequência difícil de curvas e em briga por posição eles não falam. Fazem isso nas grandes retas, longe de freadas”, disse Cacá Bueno, piloto de Stock Car.

O esforço de um piloto a 300km/h também é levado em consideração. O rádio é acionado com um toque, em um botão que normalmente não exige que ele tire a mão do volante.
Para o piloto é o único meio de comunicação com a equipe. É simplesmente impossível guiar sem a comunicação via rádio com a equipe na Fórmula 1 dos dias de hoje”, disse Lucas di Grassi.

O piloto da Virgin não concorda, no entanto, que o vazamento das conversas na transmissão oficial seja prejudicial aos pilotos. “Não vejo desta forma. O rádio enriquece as corridas pela TV”, concluiu.

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Fonte: www.uol.com.br

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Aldeia da Serra e San Diego/USA