Segundo pesquisa, 35% das mulheres e 45% dos homens já viveram uma "infidelidade platônica"
A "infidelidade platônica" é tão comum que, de acordo com uma pesquisa realizada pela American Association for Marriage and Family Therapy (Associação Americana de Casais e Terapia Familiar), 45% dos homens e 35% das mulheres já tiveram, ao menos uma vez, um vínculo desse tipo, com um "encantamento" que pode durar anos - se for com uma pessoal real -, sem nada de concreto, a não ser uma grande energia sexual.
Mas a dúvida é: será que só o fato de ter esses pensamentos torna alguém um traidor? Afinal, durante esses devaneios amorosos não há contato físico, apenas o jogo de sedução, de faz-de-conta. A pessoa desejada, aliás, pode nem existir ou ser um amor de colégio, um professor ou mesmo um ator de cinema.
Sonhos não mentem e merecem atenção
O ponto positivo dessas fantasias é dar um sabor a mais ao cotidiano.
O psicólogo Sergio Valencia explica que esse tipo de fantasia é próprio do ser humano, que vive nas dimensões do racional, do instintivo, do intuitivo, do imaginativo e do emocional. Portanto, o especialista não considera esse ato uma infidelidade, uma vez que, segundo ele, é recorrente e normal imaginar outros parceiros sexuais na hora da intimidade.
"Os sonhos podem se transformar em fantasias se adquirirem um caráter sexual. A diferença ocorre quando passa do pensamento para a realização. Se alguém planeja uma situação, por exemplo, já não obedece mais à dimensão do imaginário, mas a uma decisão racional", ressalta Sergio.
Dessa forma, é possível observar as belezas do mundo masculino, sem culpa, desde que não se criem estratégias para que esses sonhos se cumpram. Isso o levaria a ficar a um passo da infidelidade.
Vale lembrar, porém, que os sonhos não mentem. "Geralmente, esses pensamentos indicam que a relação do casal sofre de alguma carência e favorecem a fantasia e o escape da realidade. Por outro lado, produz-se uma situação de negação, o que pode aumentar o problema original."
Com base em sua experiência clínica, o psicólogo conta que as pessoas que vivem esse tipo de situação estão acostumadas a terem carências afetivas com seus parceiros, porque idealizam a relação. Quando passam da etapa do encantamento para a da manutenção, sentem que deixaram de amar.
Os estudiosos explicam ainda que os adeptos do amor platônico vivem em busca da novidade e de uma relação sem defeitos ou problemas. Por isso, Sergio Valencia adverte: "Em um relacionamento, o que importa não é só o amor. É essencial haver respeito, confiança e cumplicidade", diz. Portanto, para o psicólogo, se a pessoa sonhadora tem tudo isso com o parceiro, não deveria arriscar o que conquistou em troca de uma ilusão", conclui.
A recomendação, portanto, é sonhar sempre, mas sem deixar que isso afete a sua vida e a de seu parceiro
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fonte: www.Terra.com.br
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