Montezemolo quer 3o. carro para Schumi

Ferrari insiste em terceiro carro para Schumacher no próximo ano

Mesmo após a desistência de Michael Schumacher em retornar à Fórmula 1 para substituir Felipe Massa, a Ferrari se mostrou disposta a tentar mudar as regras a fim de permitir um terceiro carro a partir de 2010, que seria reservado para o alemão.

Montezemolo diz que vai lutar por um terceiro carro para Schumacher

"Continuaremos a lutar até que todos os times tenham o direito de começar com três carros na próxima temporada, e um deles eu já reservei para Michael, com prazer", declarou o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, ao jornal italiano La Stampa.

O alemão de 40 anos confirmou o seu retorno às pistas após o acidente de Massa na Hungria, mas desistiu na terça-feira alegando que ainda sofre com dores no pescoço decorrentes de um acidente de moto em fevereiro.

Ainda na entrevista, Montezemolo adiantou que vai consultar Schumacher para ver se o alemão está disposto a retomar a sua decisão de voltar na próxima temporada, com um terceiro carro da Ferrari, se possível.

O presidente da escuderia italiana ainda aproveitou para alfinetar a profusão de novos times que entrarão no grid a partir de 2010. "Eu prefiro três McLarens e três Renaults do que três novas equipes quaisquer", admitiu Montezemolo.

Schumacher despista sobre nova chance de voltar a correr

Schumacher reuniu a imprensa para explicar melhor a sua decisão

O alemão Michael Schumacher reuniu a imprensa nesta quarta-feira em Genebra, na Suíça, para esclarecer a sua decisão de não substituir Felipe Massa na Ferrari, como anunciado depois do acidente do brasileiro na Hungria. O heptacampeão voltou a se dizer frustrado, e ainda não quis falar sobre um possível retorno definitivo à Fórmula 1.

Ao ser pergunta do sobre os rumores de que poderia correr no GP da Itália ou mesmo na próxima temporada, o alemão voltou ao assunto inicial: "Especulação nesse negócio é bem natural. Muitas pessoas têm suas próprias opiniões e pensamentos, mas o fato é que estou muito desapontado por não fazer aquilo que estava pretendendo. É isto que eu realmente estou pensando e tendo que digerir".

Schumacher des istiu de correr pela Ferrari devido às dores no pescoço decorrentes de um acidente de moto sofrido em fevereiro. O alemão explicou por que não detectou esse problema antes: "Ninguém sabia que o Felipe iria ter esse trágico acidente e ninguém planejou nada a esse respeito. A preparação, tudo o que fizemos, não havia nenhuma chance de fazer diferente".

O heptacampeão mundial citou ainda a sua boa relação com Felipe Massa para explicar a decisão de anunciar o retorno temporário. "Sempre estamos em contato, somos bons amigos e isso é uma das razõ es de eu ter aceitado o convite da Ferrari, porque quando eu dei o meu cockpit para ele, eu estava cansado e não queria mais aquilo, e ele é a pessoa certa para continuar no meu lugar", comentou o alemão.

BARRICHELLO DESCONFIADO
O brasileiro da Brawn GP escreveu um post no Twitter em que questiona a justificativa de Schumacher para explicar o seu refugo. "Então a história do Schumacher... verdade que a maior força é feita no pescoço, mas para mim tem mais aí do que um simples pescoço", insinuou Barrichello.

Sobre a escolha do italiano Luca Badoer para pilotar a Ferrari no dia 23 em Valência, Schumacher foi só elogios. "Primeiro de tudo, Luca é um grande amigo. Ele tem trabalhado duro desde o acidente de Massa. Nós tínhamos dito que eu primeiro precisaria confirmar se estava fisicamente apto e, para ele, era normal ter que se manter em forma", explicou.

"Acho que ele [Badoer] foi a melhor escolha. Sim, ele não corre há muito tempo, mas um piloto não perde o espírito competitivo, e eu desejo o bem para ele nesta difícil tarefa", completou Schumacher. Badoer disputou a sua última corrida na temporada de 1999.

Mas a tônica da conversa de Schumacher com a imprensa foi a frustração: "Vocês podem imaginar o quanto estou desapontado e muito triste, porque eu não esperava exatamente estar pronto, mas por causa do que aconteceu, eu obviamente me coloquei à disposição para apoiar a equipe".

"Nós tivemos uma preparação muito séria, fizemos tudo o que pudemos da nossa parte. Mas, desde o começo, eu e a Ferrari sempre mencionamos que eu iria fazer o trabalho se tivesse condições para isso. É triste que, no fim, não conseguimos atingir esse objetivo", lamentou.


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Fonte: UOL